domingo, 23 de agosto de 2009

Rua XV tem a primeira ação de conscientização e orientação sobre a Lei Antifumo



Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Curitiba
http://www.curitiba.pr.gov.br

O vice-prefeito e secretário municipal da Saúde Luciano Ducci participou na manhã deste sábado (22) das atividades de conscientização da população sobre as novas regras para o fumo em Curitiba e a importância de não fumar. A ação faz parte da Semana Antifumo, que vai até o Dia Nacional de Combate ao Fumo, em 29 de agosto.

Uma barraca foi montada pela Secretaria de Saúde, na Boca Maldita, para informar a população sobre os programas antitabagismo gratuitos promovidos pela Prefeitura de Curitiba, além da presença de profissionais habilitados a avaliar através do teste do monoxímetro - um pequeno aparelho que mede a concentração de resíduos do fumo nos pulmões, a situação pulmonar dos fumantes, ou os fumantes passivos. A barraca também atenderá no próximo sábado, no mesmo local.

Ducci afirmou que os curitibanos precisam ter clareza sobre o objetivo da nova Lei Antifumo, sancionada pelo prefeito Beto Richa na última quarta-feira. "O que está sendo combatido é o tabagismo, um sério problema de saúde pública porque é causa de adoecimento e morte, e não os fumantes. A esses queremos sinceramente ajudar", explicou, referindo-se à rede de unidades de saúde integrantes do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, mantido pela Secretaria Municipal da Saúde. Participou da ação na Boca Maldita o vereador Tico Kuzma, autor da Lei Antifumo.

Fernanda Ribas, bióloga, fumante há 15 anos, ficou preocupada ao fazer o teste do monoxímetro. Com um alerta vermelho, de fumante pesado, ponderou ao comentar a lei. "Sou totalmente a favor. Quem não fuma deixa de ser incentivado a começar e, para quem fuma, vai começar a pensar em parar. Vou tentar parar", afirmou.

Esni Alves de Souza, 49 anos, autônomo, diz que a lei sancionada pelo prefeito Beto Richa é muito boa. "Conheço muita gente doente pelo hábito de fumar, por isso, além de toda esta ação da Prefeitura, considero importante a conscientização em empresas e indústrias."

Ducci explicou que um fumante apresenta um risco dez vezes maior de câncer de pulmão, cinco vezes maior de infarto e de bronquite crônica e enfisema pulmonar e duas vezes maior de derrame cerebral. "Estamos oferecendo programas para que a população abandone o cigarro para que tenham anos de vida melhor", afirmou.

Para o médico João Alberto Lopes Rodrigues, coordenador do programa Antifumo da Prefeitura de Curitiba, é preciso conscientizar a população sobre os perigos do tabaco. "A lei sancionada pelo prefeito Beto Richa preconiza ambientes 100% livres de cigarro. Isso vai evitar que as pessoas fumem mais, e também destrói o glamour que os jovens veem nos cigarros. É um benefício para o próprio fumante porque ele deixa de usar as verdadeiras câmaras de gás, que são os fumódromos".


Como participar dos programas antitabagismo

Todas as pessoas interessadas em deixar de fumar devem procurar a Unidade de Saúde mais perto de sua casa. Após o cadastro, os fumantes são encaminhados aos Distritos Sanitários onde fazem uma avaliação inicial com sua história de tabagismo, classificando através de um escore o nível de dependência e o grau de nicotina no organismo.

De acordo com o diagnóstico e se há ou não histórico de doença clínica ou psiquiátrica, o paciente é encaminhado para quatro sessões de grupos de fumantes, no prazo de um mês. "O importante é dar o primeiro passo", explica Luciano Ducci, lembrando que após esse período o fumante deverá escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. A parada pode ser imediata, ou gradual, em duas semanas.

Todos este processo é avaliado por clínicos que verificam a necessidade de apoio medicamentoso para atenuar os sintomas de abstinência. "Mesmo após abandonar o cigarro, o paciente continua frequentando sessões de grupos de ex-fumantes, durante um ano, para evitar a recaída. "Todo esse processo depende da motivação e a participação no grupo", explica Ducci, que informou contar hoje, nas unidades de saúde, com mais de 700 pacientes em tratamento para deixar o tabagismo.

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